terça-feira, 9 de junho de 2009

Finalmente 1


Finalmente chegou a hora de descontrair um pouco com isso. Descomprimir depois de um longo tormento, que foram estes quase dois meses dentro um intenso processo seletivo. Principalmente para alguém que sempre fora descontraída nestas coisas, até porque sabia tranquilamente que o podia ser. Com estes meses, chegou uma ansiedade tremenda, a angústia de não poder falhar, quando sempre o pude sem que viesse mal ao mundo. O final foi um ah! de alívio. Agora o que resta a fazer é esperar, pois só os próximos dias ditarão os resultados (esperam-se bons!).


............. e nao, o sinal ainda não é o verde!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Colegas?Amigos?


Muito se fala de amizade, muitas são as definições que enchem as páginas dos livros e internet. Falar de amizade é um lugar comum, fala-se dela como uma coisa vulgar e demasiado linear, como se acontecesse a cada momento de vida.
Às vezes, e puxando ao meu lado racional, ponho-me a pensar nas pessoas, na importância das relações. Considero-me uma pessoa sociável, nunca fui companheira do silêncio, aprecio uma boa conversa e o som de uma gargalhada. Gosto do barulho da cidade, inundada de gente, mas, e apesar de me considerar uma pessoa aberta a novas amizades, acho que amigos conto-os pelos dedos, e o esforço de o fazer não é desumano – não o faço porque, por vezes, gosto de ser politicamente correta.
Até entrar na faculdade, e enquanto muleca que era, e como a maioria, frequentei um colégio. Desses tempos guardo recordações felizes, de uma infância nem tão feliz, e a memória de pessoas que disse serem amigos para a vida quando chegou a hora da despedida. A verdade é que o tempo passou e hoje são poucos os que mantenho contato, e melhor assim, pois, mesmo com esses, é um contato superficial, quase de boa educação. O assunto não chega, a vontade de não partilhar intimidades é recíproca e sinto que naturalmente já não faço mais parte da vida deles, nem eles da minha..........ufa! (porque também, nem daria mais). Somos apenas recordações felizes que acabarão inevitavelmente sendo esquecidas. Chego à conclusão que éramos demasiado novos, que era um companheirismo de crianças que, ao ser quebrado, acabou, simplesmente acabou.
Mas a faculdade chegou, e com ela chegaram novos colegas, "amigos"??? iiii nao sei a nomenclatura exata para alguns. E, agora que os tempos dessa turma estão quase a ficar para trás das costas, mais uma vez acredito que estes sim, serão para a vida. Com eles cresci imensamente. Sou uma pessoa diferente, que se foi mutando nestes quase quatro anos (e ainda falta + 1). Com eles partilhei alguns dos momentos mais felizes da minha vida – e tenho a certeza que estes serão realmente inesquecíveis. Fomos, e somos muito felizes juntos. Mas a vida também já me ensinou que algumas coisas são efémeras e que poucas permanecem para sempre conosco. É por isso que não gosto de utilizar a palavra "amigo" em vão, não gosto. Os meus amigos, aqueles que sobreviverão à passagem do tempo, à distância, às vicissitudes da vida, são demasiado importantes para os colocar no patamar de meros conhecimentos.
Costumo dizer, em tom de brincadeira, que são os meus "casamentos" porque, efetivamente, só a morte separará o sentimento que nos une.