sexta-feira, 20 de março de 2009

Já não é o que era .....

O Amor já não é o que era. Já não se vivem histórias cavalheirescas, típicas de Romeu e Julieta. Já não se morre de amor, já não se foge por amor, já não se enfrenta montanhas por amor. As serenatas, os bilhetinhos de amor, as cartas, os encontros furtivos, os olhares cúmplices sem que ninguém se aperceba. Aqueles amores para toda a vida. Agora o amor tornou-se uma curtição, uma paixoneta – que nem merece o nome de paixão – fugaz, às vezes de uma só noite. Os amigos viram amantes por uma noite, dizem-se carentes. O Amor, no seu sentido lato e carnal, vai morrendo, aos poucos, confundindo-se cada vez mais com os prazeres da carne. Eu vou viver um amor à antiga....... um amor de filme, que se alimenta na presença mas também na ausência ....... que partilha pores-do-sol de olhos fechados, bocas entreabertas e cabeças apoiadas no ombro do outro. Um amor que partilhe o chiclete e o tédio das segundas-feiras e que me guarde a sua última colher de sobremesa. Um amor que se permita a sorrisos cúmplices mesmo nos momentos mais inóspitos, que não precise de palavras. Um amor que crie um caminho invisível no qual dois caminhem a par e se encontrem nas mesmas pegadas. Eu vou viver este amor... assim que o meu coração o desejar!

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